A esperança encontra na Mãe de Jesus a sua testemunha mais elevada. N’Ela vemos que a esperança não é um otimismo passageiro, mas dom de graça no realismo da vida. Como todas as mães, cada vez que olhava para o Filho pensava no seu futuro, e certamente no coração trazia gravadas aquelas palavras que Simeão Lhe dirigira no templo: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma” (Lc 2, 34-35). E aos pés da cruz, enquanto via Jesus inocente sofrer e morrer, embora atravessada por terrível angústia, repetia o seu «sim», sem perder a esperança e a confiança no Senhor. Enfrentando por amor o doloroso parto da morte do seu Filho, tornava-Se nossa Mãe, Mãe da esperança. Ela é, para o santo Povo de Deus, «sinal de esperança segura e de consolação». Ela se coloca como âncora que sugere a estabilidade e a segurança que possuímos no meio das águas agitadas da vida, se nos confiarmos ao Senhor Jesus. As tempestades nunca poderão prevalecer, porque estamos ancorados na esperança da graça, capaz de nos fazer viver em Cristo, superando o pecado, o medo e a morte.